sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Origem do Nome do Festival


Carijo
O nome Carijo da Canção Gaúcha foi inspirado no CARIJO ERVATEIRO, que é um jirau de varas toscas, horizontal ou em forma de cumeeira rasa, a um metro e meio ou pouco mais do solo, onde se colocam os feixes de erva-mate, já sapecada, para a secagem ao calor direto do braseiro que arde embaixo de toda a extensão do Carijo. A distribuição do calor obriga os rondeiros do carijo a passarem as noites em vigilância, emparelhando o braseiro com o auxílio de guampas d’água, atiradas de quando em quando sobre as labaredas mais altas, cujas faíscas podem ocasionar incêndios.
Por isso, geralmente constrói-se os carijos em clareiras, nos recessos dos matos, próximos a um córrego ou vertente e se rondam à noite, quando não venta.
            À lenha ordinária costuma-se misturar plantas aromáticas, como guabiroba, cabreúva, pitangueira, na intenção de transmitir seu gosto e odor à erva-mate.
O benefício da erva-mate compõe-se de corte, sapeco, secagem, cancheio, soque e acondicionamento. Todas essas operações podem ser individuais, menos a secagem no carijo, que é operação coletiva, espécie de ritual festivo, verdadeiro salão social dos ervateiros, a cargo de tarefeiros e visitantes, inclusive moças.
O processo da secagem no carijo pode durar até três noites, o que favorece a reunião onde são contados causos, anedotas e até mesmo propiciando romances. Carijo armado ou carijo aceso significam namoro em Palmeira das Missões.

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